...ponto quanto a mim fundamental especialmente para nós que lidamos com este problema no dia-a-dia: da falta de informação passámos ao excesso de informação, muitas vezes errada, e que temos de saber filtrar e transmitir aos nossos alunos essa capacidade crítica e algumas ferramentas para saberem lidar com a situação. Tarefa nada fácil, mesmo para nós.
Pode-se perguntar: pesquisar na Internet tem a ver com tecnologia ou com cultura ? Precisamos de um choque tecnológico ou de um choque cultural como alguns defendem ? Pesquisar requer uma ciberliteracia, saber usar um motor de busca, e um capital cultural. Não vale a pena pesquisar se não se souber a diferença entre o escritor Voltaire e os Cabaret Voltaire (Miguel Gaspar, DN 2005).
Por isso quando se defende acérrimamente o que se está a passar em termos tecnológicos temos de ter algum cuidado. Não que eu discorde da bondade de avançarmos rapidamente no desenvolvimento tecnológico do País, mas de que nos serve toda esta pressa se continuamos a ter a esmagadora maioria dos professores das nossas escolas a socorrerem-se dos colegas das TIC para lhes ensinarem as mais rudimentares regras e a resolver uma infinidade de pequenos problemas como diz o Mário (ninguém nasce ensinado e a formação é sempre escassa) ou mesmo para ligar o videoprojector que teima em não trabalhar mesmo que a solução seja só ligá-lo à corrente ?
Estamos a avançar a duas velocidades; a tecnologia que é topo de gama e os recursos humanos que não têm ainda formação adequada para tirarem a rentabilidade que esta tecnologia lhes pode proporcionar.
1 comentário:
Dá que pensar: "da falta de informação passámos ao excesso de informação, muitas vezes errada, e que temos de saber filtrar e transmitir" eu não diria transmitir mas antes "fazer com que os nossos alunos experimentem"... "aos nossos alunos essa capacidade crítica e algumas ferramentas para saberem lidar com a situação. Tarefa nada fácil, mesmo para nós." Que recursos desenvolver centrados nesta problemática?
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