Comecemos
por lembrar que a aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido
através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais
e ambientais.
Existem
três tipos base de aprendizagem: condicionamento clássico, condicionamento operante
e aprendizagem social.
O
condicionamento clássico foi investigado pelo russo Ivan Pavlov, que ao estudar
os reflexos digestivos do cão, descobriu uma forma de aprendizagem presente nos
seres humanos e noutros animais. Um estímulo
neutro (campainha) é associado a um estímulo não condicionado (comida) tornando
o estímulo neutro em estímulo condicionado e desencadeia uma resposta
condicionada (salivação).
O
condicionamento operante foi definido pelo investigador norte-americano Rufus
Skinner que desenvolveu uma experiencia que o iria conduzir à descoberta do
modo como tantas das nossas aprendizagens se processam e se mantêm. Um
comportamento é seguido de uma recompensa (reforço positivo ou negativo) ou de
uma punição tendo como resultado que a frequência da ocorrência do
comportamento aumenta ou diminui.
Na
aprendizagem social estudada por Albert Bandura, o observador presta atenção ao
modelo e aprende um comportamento pela observação dos comportamentos daqueles
com quem convivemos (pais, amigos, professores). O observador aprende
uma sequência de comportamentos que realiza quando quer, não estando sujeito a
qualquer condicionamento.
Com a
massificação da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação estas
foram também introduzidas nas escolas sendo geradoras de ruturas e de aprendizagens
necessariamente diferentes das existentes até então.
Cristóbal
Cobo e John Moravec atentos a esta nova realidade trazem-nos um novo
conceito resultante de vários anos de pesquisa, a aprendizagem invisível, onde
procuram integrar várias abordagens para um novo paradigma de aprendizagem e
desenvolvimento do capital humano, especialmente relevante no contexto do
século XXI. Esta abordagem leva em conta o impacto dos avanços tecnológicos e
mudanças nas aprendizagens formal, não formal e informal, além dos espaços algo difusos entre
elas, não propondo uma teoria, mas sim estabelecendo uma metateoria capaz de
integrar diferentes ideias e perspectivas.
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